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Distribuidora de Carimbos

Indústria de carimbo cresce sem parar

A indústria do carimbo, o ícone da burocracia, continua firme e cada vez mais forte no País, mesmo com o avanço da Internet e da Tecnologia da Informação. “O Brasil é um dos maiores consumidores de carimbo”, afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Chaveiros Profissionais e Prestadores de Serviços de Instalação, Manutenção e Venda de Sistema de Segurança Similares e Conexos (Sinac), Paulo Sérgio Dezen. Nas suas contas, a produção e venda de carimbos movimenta cerca de R$ 400 milhões por ano, cifra que tem crescido cerca de 10% ao ano desde 2000.

A cada mês, os cerca de 10 mil carimbeiros existentes no mercado brasileiro produzem 3,1 milhões de carimbos. Os maiores compradores, em volume, são os bancos e cartórios. A importância do setor é tamanha que na sexta-feira começa em São Paulo a 1.ª Feira Internacional da Indústria de Chaves, Fechaduras e Carimbos. Outro exemplo dado por Dezen que mostra a importância do setor é que, no primeiro semestre deste ano, uma grande fabricante austríaca de matérias-primas para carimbos escolheu o Brasil para fazer o lançamento da sua linha de produtos para 2003.

Enquanto o mercado de carimbeiros é pulverizado, a oferta de matérias-primas para confecção do produto está concentrada nas mãos de dois grandes atacadistas. O mais antigo é a Indústria de Artefatos de Madeira Nova Era, com duas fábricas e um centro administrativo. A empresa começou a funcionar em 1967 e é gerida hoje pela terceira geração do fundador.

Segundo o gerente de vendas, Rogério Bassi, neto do fundador, a empresa é a mais antiga do mercado. Ela importa as matérias-primas, como resinas e os carimbos que dispensam almofada, além de fabricar localmente a estrutura de madeira dos carimbos tradicionais e as máquinas utilizadas pelos carimbeiros para a confecção do carimbo propriamente dito. No ano passado, a empresa, com cerca de 20 funcionários, faturou R$ 4,5 milhões, 10% a mais do que no ano anterior.

Bassi conta que vende mensalmente cerca de 50 mil carimbos mais modernos, importados, que dispensam a almofadinha. Mais caros do que os tradicionais, numa faixa de preço de R$ 8,00 a unidade, esse produto responde pela metade do faturamento. A outra metade das vendas diz respeito aos carimbos tradicionais, cujo custo é R$ 0,30 a unidade. A companhia vende cerca 400 mil carimbos deste tipo por mês.

Fonte: Sebrae e Jornal O Estado de São Paulo


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